FRONTEIRA
Colocando a cabeça no travesseiro
Começo a sonhar
Vejo-me em um lugar
No chão ha gelo
Que meus pés começam a congelar
Há árvores secas e mortas
Cobertas de gelo
Corpos enterrados no chão
Começa a me bater o medo
Sinto uma presença atrás de mim
Era você
Pegando na minha mão
Olhando para cima
O céu estrelado e limpo
A lua cheia é a única coisa
Que clareia a escuridão
Lá na frente vejo um mar
Tem um barco
Que aparenta me esperar
Os corpos enterrados
Começam a murmurar
E você diz
Que nunca vai me entregar
No barco há uma pessoa
De capa e olhos vendados
Ele grita bem alto
Ades está a lhe esperar!
Tudo começou a congelar
Você dali saiu
Os corpos enterrados no gelo
Começaram a despertar
Vindo na minha direção
Aparentemente para me apanhar
Olha mais atentamente
Uma surpresa eu tenho
Conhecia todos eles
Eram amigos meus
Que se perderam com o tempo
Acordo desesperado
Vejo você ali do meu lado
Branca como uma mulher morta
Há sangue na sua barriga
Você sai pela porta
E deixa de vez a minha vida.
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